domingo, 21 de fevereiro de 2010

As Lunáticas e os Poemas Lunáticos

E falando em arte, segue um poema, de Edil Carvalho, maravilhosamente escrito para a série de pinturas As Lunáticas, que foram feitas por mim, inspiradas na Lua e nos signos astrológicos.

2.
Nunca houve um único momento:
é o que descubro com a cabeleira ao vento.
Respiro fundo. Ouço vibração muda.
Tudo está naquilo que é, mistério e volúpia.
Só eu sou aquela coisa que desatina
que quer despencar do muro
e cair prô lado da vida como quem sofre a queda necessária e acorda -
mas me agarro às paredes,
com medo de que meu coração expluda.

Quando deus me bole com seu dedo plácido eu reajo como uva.

Edil Carvalho

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