E falando em arte, segue um poema, de Edil Carvalho, maravilhosamente escrito para a série de pinturas As Lunáticas, que foram feitas por mim, inspiradas na Lua e nos signos astrológicos.
2.
Nunca houve um único momento:
é o que descubro com a cabeleira ao vento.
Respiro fundo. Ouço vibração muda.
Tudo está naquilo que é, mistério e volúpia.
Só eu sou aquela coisa que desatina
que quer despencar do muro
e cair prô lado da vida como quem sofre a queda necessária e acorda -
mas me agarro às paredes,
com medo de que meu coração expluda.
Quando deus me bole com seu dedo plácido eu reajo como uva.
Edil Carvalho
Nunca houve um único momento:
é o que descubro com a cabeleira ao vento.
Respiro fundo. Ouço vibração muda.
Tudo está naquilo que é, mistério e volúpia.
Só eu sou aquela coisa que desatina
que quer despencar do muro
e cair prô lado da vida como quem sofre a queda necessária e acorda -
mas me agarro às paredes,
com medo de que meu coração expluda.
Quando deus me bole com seu dedo plácido eu reajo como uva.
Edil Carvalho
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