sexta-feira, 21 de maio de 2010

Ver


Laranja de coragem e energia para enfrentar a vida;
A segurança necessária para expressar o ponto de vista;
O vermelho sensual, estimulante;
O amor à primeira vista;
Porém, como equilíbrio e bom senso caem bem;
O salmão vibra pelo amor universal enquanto rosa é a mistura do vermelho paixão com a pureza do branco;
A união do amor com a sabedoria;
A seriedade do marrom para dias de disciplina;
O lar, as raízes, a vitalidade passiva do encontro entre vermelho e preto;
Poder. Luz. Vida. Para os dias de bom humor, que tal um amarelo?;
Amarelo também é atrevido, cor da raiva, dos impulsos;
Mas sem estresse, vou de verde: relaxa, repousa e espera;
E o mar azul, a identificação com o planeta na cor da suavidade,
compaixão, sensibilidade, ternura, paz de espírito e ética;
Meditação e paz espiritual!
Eu vejo o mundo colorido, mesmo quando está preto e branco.

“VER” - poema de Vassili Kandinsk

O Azul, o Azul se alçava, se alçava e caía.
O Agudo, o Fino assobiava e penetrava mas não saía.
De todos os lados resssoava.
O Marrom denso como que suspenso para sempre.
Penso. Penso.
Abre ainda mais amplo os braços.
Amplo. Amplo.
Cobre o teu rosto com um lenço vermelho.
E pode ser que nada se tenha ainda movido:
só você se moveu.
O branco salto após o branco salto.
E após o branco salto ainda um branco salto.
E neste branco salto um branco salto. Em cada
branco salto um branco salto.
E este é o mal, é que não vês o turvo.
no turvo é que ele está.
É aí que tudo começa………………..
……………………Rompeu-se……..

1913 - Tradução de Augusto de Campos

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