domingo, 14 de março de 2010

Ártemis e Afrodite





“Nu deitado” – Amedeo Modigliani - Milão - detalhe."



Ártemis e Afrodite, deusas opostas, embora ambas representem ruptura de conceitos e valores pré - estabelecidos, abismo e ponte que separa e une duas etapas distintas e complementares do ser feminino e, que, inevitavelmente, enreda o masculino e a sociedade como um todo.

O limite entre Ártemis e Afrodite é tênue, ambas são mulheres de espaços onde a terra e a água se confundem. As ondas de Afrodite invadem as terras de Ártemis, de contornos imprecisos e perigosos, que tanto podem ser fonte de morte, como de vida, são os territórios pertencentes a ambas, ou seja, a sexualidade.

Ártemis e Afrodite compartilham traços que as ligam à fertilidade e a fecundidade do homem e da natureza, bem como à morte e a destruição. Se Afrodite é, reconhecidamente, a senhora do amor, sexo, do desejo erótico, que incita e leva à cópula; Ártemis, em sua versão mais arcaica, está ligada às deusas da fertilidade do Oriente próximo.

Dois lados da mesma moeda, opostas, cada qual ocupa uma posição extrema, mas fundidas em um todo indissolúvel – o ciclo da vida e a sua regulamentação dentro do grupo social. Ambas exigem sua parte na colheita, portanto existe o aspecto da vingança, são deusas que não permitem a rejeição. Uma respeita o domínio da outra, jamais entrando em confronto.

Assim sendo, torna-se muito importante o estudo das diferenças existentes entre ambas, para que possamos compreender a influência que exercem em nossas personalidades, uma vez que é possível encontra-las, vivendo modernamente no nosso dia a dia e para que possamos equilibrar e integra-las devidamente.


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